sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Lubrificação

Lubrificação do motor

A lubrificação é vital para a saúde do motor, porque existem varias peças dentro do motor que trabalham umas em contato com as outras, por isso é necessário lubrificar para que estas não se desgastem ou travem levando o motor a danificar.
Qualquer deficiência pode comprometer sua vida útil.
O sistema de lubrificação e composto pelo Carter (reservatório de óleo), bomba de óleo, e o óleo (lubrificante).
O Carter fica na parte de baixo do motor.

A bomba de óleo fica dentro do carter fixada ao bloco do motor, existe um eixo que vai acoplado ao motor, que faz com que ela gire, a um tubo que vai até o fundo do Carter por onde o óleo e puxado.




Este óleo e jogado para parte superior do motor e para todas as peças que necessitem lubrificação.

Como parte essencial da mecânica de um automóvel, a lubrificação enfrenta dois momentos críticos. O primeiro deles é a partida a frio. O segundo é o funcionamento em baixas rotações.

Nessas circunstâncias, mas principalmente na partida a frio, a bomba de óleo tem dificuldade para lubrificar de forma adequada todas as partes móveis do motor. Com o propulsor frio, o óleo ainda está totalmente depositado no cárter e muito espesso, o que dificulta sua circulação imediata por todo motor. Já em baixas rotações, o sistema trabalha com baixa pressão, uma vez que a bomba é acionada pelo funcionamento do motor. Desse modo, a lubrificação também fica comprometida.

Para solucionar estes problemas existem óleos especiais que mantém as partes mais criticas do motor com uma camada lubrificante mesmo depois que o óleo já esta todo no Carter, e uma outra tecnologia que esta sendo implantada e uma segunda bomba de óleo elétrica que vai auxiliar na lubrificação do motor.

Mas o principal é que devemos ter o seguinte cuidado, ao ligar o carro frio, que ficou parado por horas, não acelerar muito o carro por alguns segundos para que o de tempo da bomba jogar o óleo em todas as partes do motor.

Existem vários tipos de óleos que são melhores para lubrificação do motor, só que encarece muito o valor do mesmo. Temos que analisar o custo beneficio.

Tipos de lubrificação
- Lubrificação inteligente 
A nova bomba elétrica é controlada pela central eletrônica do motor. Esse sistema assegura o fornecimento de óleo em quantidade adequada, principalmente nos momentos mais críticos, como a partida a frio e o funcionamento em baixas rotações. Nessas circunstâncias, em um sistema convencional o motor começa a girar sem que o óleo tenha alcançado todas as partes móveis. 

- Lubrificação convencional 
Partida 
Com o motor frio existe um intervalo de tempo para que a lubrificação consiga atender de forma adequada todas as partes móveis, sugando o óleo depositado no cárter (parte baixa) e distribuindo por todo motor de cima para baixo. Nesse pequeno intervalo o atrito entre as peças metálicas é bem maior. 

Regime de trabalho 
A bomba convencional é acionada mecanicamente pelo motor. Para funcionar adequadamente, é necessária uma rotação mínima para que a pressão seja suficiente para distribuir o óleo por todo o motor.

Informações sobre lubrificação do motor

Para saber qual é o lubrificante correto para seu veículo, consulte o "Manual do Proprietário" na parte de manutenção quanto à viscosidade (SAE) e ao desempenho (API) ou então verifique nas tabelas de recomendação disponíveis nos postos de serviço. 
O nível correto se encontra entre os dois traços e não só no traço superior. Se o óleo fica abaixo do mínimo da vareta, o motor pode ser prejudicado por falta de lubrificação. No entanto, se o óleo fica acima do máximo da vareta, haverá aumento de pressão no cárter, podendo ocorrer vazamento e até ruptura de bielas, além do óleo em excesso ser queimado na câmara de combustão sujando as velas e as válvulas, danificando também o catalisador no sistema de descarga do veículo. 
Com o uso do carro, o nível do óleo baixa um pouco devido às folgas do motor e à queima parcial na câmara de combustão. Assim, enquanto não chega a hora de trocar o óleo, devemos ir completando o nível. 
A boa lubrificação é aquela em que o óleo lubrifica até o anel do pistão mais próximo da câmara de combustão onde esse óleo é parcialmente queimado, sendo consumido. É normal um consumo de meio litro de óleo a cada mil quilômetros rodados, com carros de passeio, mas cada fabricante de motor especifica um consumo normal para seu motor, de acordo com o projeto. É bom ressaltar que carro novo consome óleo. 
Os óleos lubrificantes são formulados misturando-se básicos e aditivos e a sua cor final dependerá da cor do básico e do aditivo que forem empregados na sua formulação. Além disso, a cor não tem nenhuma influência no desempenho do óleo. 
A cor do óleo não determina sua viscosidade. O óleo mais claro pode ser mais viscoso (grosso) do que um óleo escuro e vice-versa. 
O óleo escurece com o uso. Para realizar a função de manter o motor limpo, o óleo deve manter em suspensão as impurezas que não ficam retidas no filtro de óleo, para que elas não se depositem no motor. Desta forma, o óleo fica escuro e o motor fica limpo. 
Devemos trocar o óleo quando atingir o período de troca recomendado pelo fabricante do veículo e que consta do "Manual do Proprietário". Os atuais fabricantes dos motores vêm recomendando períodos de troca cada vez maiores, dependendo do tipo de serviço e da manutenção do carro. Este período também pode variar com o tipo de óleo usado, mineral ou sintético.
Com o motor quente é melhor para trocar o óleo porque quando o óleo está quente, ele fica mais fino e tem mais facilidade de escorrer. 

É importante que se espere pelo menos 5 minutos após o motor ter sido desligado para se medir o nível do óleo. Isto porque, neste tempo, o óleo vem descendo das partes mais altas do motor para o cárter e assim podemos ter a medida real do volume de óleo. 
Devemos trocar o filtro de óleo porque o óleo, com seus aditivos detergentes/dispersantes, carrega as sujeiras que iriam se depositar no motor. Ao passar pelo filtro, as impurezas maiores ficam retidas e as menores continuam em suspensão no óleo. Chega um momento em que o filtro, carregado de sujeira, dificulta a passagem do óleo podendo causar falhas na lubrificação. A situação se agrava quando ocorre o bloqueio total do filtro de óleo, o que pode causar sérios danos ao motor. O período de troca do filtro de óleo também é recomendado pelo fabricante do veículo e consta do "Manual do Proprietário". Normalmente, ela é feita a cada duas trocas de óleo. Porém, já existem fabricantes que recomendam a troca do filtro a cada troca do óleo. 
A diferença entre "serviço severo" e "serviço leve" que são termos usados pelos fabricantes de veículos quando falam em intervalos de troca de óleo é:
-Serviço severo é típico para os carros que andam nos centros urbanos, com o anda e pára do tráfego e por pequenas distâncias, de até 6 km, ou em estradas poeirentas.
-Serviço leve é aquele em que os carros trafegam por percursos longos e velocidades quase constantes em rodovias pavimentadas, como no caso de viagens. 
A validade do óleo lubrificante é indeterminada, desde que o produto seja armazenado de maneira correta, ou seja, lacrado em sua embalagem, em local seco e evitando exposição ao calor e à luz do sol. 
Um carro velho também pode usar um óleo de última geração, um óleo superior ao recomendado pelo fabricante, o inverso é que não é recomendado. No entanto, recomenda-se que, ao colocar este óleo superior, você realize a troca do filtro de óleo e repita esta operação, em um intervalo menor do que o indicado pelo fabricante. Isto se deve ao fato de que os óleos mais avançados limpam mais o motor e desta forma tendem a obstruir o filtro em um período mais curto. Após este procedimento ser realizado, você pode voltar a seguir os períodos de troca usuais e garantir uma melhor lubrificação do seu veículo. 
Não há necessidade de adicionar aditivos complementares ao óleo. Os lubrificantes recomendados já possuem todos os aditivos necessários para atenderem perfeitamente ao nível de qualidade exigido. 
Devemos evitar misturar óleos de marcar diferentes, pois podem conter compostos diferentes, como aditivos.
A diferença entre o óleo mineral, semi-sintético e sintético são:
-O lubrificante é composto por óleos básicos e aditivos. Sua função no motor é lubrificar, evitar o contato entre as superfícies metálicas e refrigerar, independentemente de ser mineral ou sintético. A diferença está no processo de obtenção dos óleos básicos. Os óleos minerais são obtidos da separação de componentes do petróleo, sendo uma mistura de vários compostos. Os óleos sintéticos são obtidos por reação química, havendo assim maior controle em sua fabricação, permitindo a obtenção de vários tipos de cadeia molecular, com diferenças características físico-químicas e por isso são produtos mais puros. 

Os óleos semi-sintéticos ou de base sintética, empregam mistura em proporções variáveis de básicos minerais e sintéticos, buscando reunir as melhores propriedades de cada tipo, associando a otimização de custo, uma vez que as matérias-primas sintéticas possuem custo muito elevado. 
Não é recomendado misturar óleos minerais com sintéticos, principalmente de empresas diferentes. Seus óleos básicos apresentam naturezas químicas diferentes e a mistura pode comprometer o desempenho de sua aditivação, podendo gerar depósitos. Além disso, não é economicamente vantajoso, já que o óleo sintético é muito mais caro que o mineral e a mistura dos dois equivale praticamente ao óleo mineral, sendo, portanto, um desperdício.

Uma dica interessante se refere à troca de óleo mineral por sintético. É importante trocar o filtro de óleo junto com a primeira carga de sintético e trocar esta carga no período normal de troca do veículo em função da sua utilização.
O significado das siglas que vêm nas embalagens de lubrificantes, API, ACEA, JASO, NMMA,  são siglas de entidades internacionais que são responsáveis pela elaboração de uma série de normas (baseadas em testes específicos) para a classificação dos lubrificantes, de acordo com seu uso. Desta forma, o consumidor tem como identificar se o lubrificante atende às exigências de seu equipamento, consultando seu manual.


Como exemplo temos:

SAE - Society of Automotive Engineers
É a classificação mais antiga para lubrificantes automotivos, definindo faixas de viscosidade e não levando em conta os requisitos de desempenho. Apresenta uma classificação para óleos de motor e outra específica para óleos de transmissão. Maiores informações em "O que significam os números (20W/40, 50, etc.) que aparecem nas embalagens de óleo?".

API - American Petroleum Institute
Grupo que elaborou, em conjunto com a ASTM (American Society for Testing and Materials), especificações que definem níveis de desempenho que os óleos lubrificantes devem atender. Essas especificações funcionam como um guia para a escolha por parte do consumidor. Para carros de passeio, por exemplo, temos os níveis API SL, SJ, SH, SG, etc.. O "S" desta sigla significa Service Station, e a outra letra define o desempenho. O primeiro nível foi o API SA, obsoleto há muito tempo, consistindo em um óleo mineral puro, sem qualquer aditivação. Com a evolução dos motores, os óleos sofreram modificações, através da adição de aditivos, para atender às exigências dos fabricantes dos motores no que se refere à proteção contra desgaste e corrosão, redução de emissões e da formação de depósitos, etc.. Atualmente, o nível API SL é o mais avançado. No caso de motores diesel, a classificação é API CI-4, CH-4, CG-4, CF, etc. O "C" significa Commercial. A API classifica ainda óleos para motores dois tempos e óleos para transmissão e engrenagens.

ACEA - Association des Constructeurs Européens de l´Automobile (antiga CCMC)
Classificação européia associa alguns testes da classificação API, ensaios de motores europeus (Volkswagen, Peugeot, Mercedes Benz, etc.) e ensaios de laboratório.

JASO - Japanese Automobile Standards Organization
Define especificação para a classificação de lubrificantes para motores a dois tempos (FA, FB e FC, em ordem crescente de desempenho).

NMMA - National Marine Manufacturers Association
Substituiu o antigo BIA (Boating Industry Association), classificando os óleos lubrificantes que satisfazem suas exigências com a sigla TC-W (Two Cycle Water), aplicável somente a motores de popa a dois tempos. Atualmente encontramos óleos nível TC-W3, pois os níveis anteriores estão em desuso.
O significado dos números, 20W/40, 50, etc. que aparecem nas embalagens de óleo correspondem à classificação da SAE (Society of Automotive Engineers), que se baseia na viscosidade dos óleos a 100°C, apresentando duas escalas: uma de baixa temperatura (de 0W até 25W) e outra de alta temperatura (de 20 a 60). A letra "W" significa "Winter" (inverno, em inglês) e ela faz parte do primeiro número, como complemento para identificação. Quanto maior o número, maior a viscosidade, para o óleo suportar maiores temperaturas. Graus menores suportam baixas temperaturas sem se solidificar ou prejudicar a bombeabilidade.

Um óleo do tipo monograu (como o Lubrax MG-1) só pode ser classificado em um tipo escala (o MG-1 apresenta os graus 20W, 30, 40 ou 50). Já um óleo com um índice de viscosidade maior pode ser enquadrado nas duas faixas de temperatura, por apresentar menor variação de viscosidade em virtude da alteração da temperatura. Desta forma, um óleo multigrau SAE 20W/40 se comporta a baixa temperatura como um óleo 20W reduzindo o desgaste na partida do motor ainda frio e em alta temperatura se comporta como um óleo SAE 40, tendo uma ampla faixa de utilização. O Lubrax MG-4, o Lubrax SL e o Lubrax Sintético são alguns exemplos de óleos multigrau de nossa linha de lubrificantes automotivos. 

Uma outra especificação muito importante é o nível API (American Petroleum Institute)
Quando for usar um óleo em seu carro, consulte o manual e fique atento a estas especificações. Eis alguns exemplos:

Lubrax MG-4 SAE 20W/40 - API SF 
Lubrax SL SAE 20W/50 - API SL/CF - ACEA A3 
Lubrax TECNO SAE 20W/50 - API SL/CF - ACEA A3 
Lubrax SJ SAE 20W/50 - API SJ 
Lubrax Sintético SAE 5W/40 - API SL/CF, ACEA A3/B3, MB 229.1, VW 502.00/505.00